Economia
Queixas da Fertagus e da Transtejo até agosto de 2025 já ultrapassam total dos últimos anos
Há cinco anos que a Fertagus não tinha tantas reclamações, enquanto a Transtejo já somou mais queixas do que no total de cada ano desde 2018.
Estão a aumentar as queixas nos comboios e nos barcos da margem sul do Rio Tejo. Nos dados enviados à Antena 1 pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, este ano as reclamações até agosto já superam o total de outros anos. Há cinco anos que a Fertagus não tinha tantas reclamações, enquanto a Transtejo já somou mais queixas do que no total de cada ano desde 2018.
A Fertagus somou 605 reclamações até 31 de agosto de 2025, de acordo com os dados enviados pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) à Antena 1 sobre transportes públicos.
Nos relatórios da AMT desde 2016, este é o segundo valor mais alto da empresa ferroviária que liga Lisboa e Setúbal de comboio. O recorde foi em 2019, com 849 queixas, com o valor a descer até 2021 até ao mínimo de 192 queixas. Desde então tem vindo a subir.
Sobre o que motiva as queixas, os dados da AMT são agrupados por meio de transporte e não por operador. A Antena 1 pediu essa informação detalhada em alguns casos, mas não obteve resposta até esta quarta-feira.
O setor registou 4732 queixas até agosto de 2025. Cerca de 87% foram contra a CP – que tem liderado o número de reclamações nos transportes ano após ano, sem esquecer a abrangência nacional que tem.
De todas as reclamações do modo ferroviário, o incumprimento do horário do transporte (822), os títulos de transporte (766) e as condições de transporte e questões técnicas (360) são as três categorias de motivos mais apontadas.
Apesar da sobrelotação de comboios ser uma crítica constante apontada à Fertagus desde que a operadora mudou horários, as reclamações por excesso de lotação de veículos surgem como décimo motivo mais assinalado, com 161 queixas em todo o setor ferroviário.
Em relação à Transtejo, que faz várias ligações fluviais no rio Tejo, até agosto já houve 981 reclamações, segundo os dados da AMT enviados à Antena 1.
A barreira do milhar poderá voltar a ser batida este ano, algo que já não acontecia desde 2018, embora a reposição de horários feita em novembro possa vir a abrandar as queixas.
Até à reposição, a transportadora enfrentava um problema crescente de supressões, fator que motivou este ano cerca de metade das queixas no setor fluvial. A AMT regista a atividade de dois operadores fluviais: a Transtejo/Soflusa e a Atlantic Ferries, que liga Setúbal e Troia. Dado que o número de reclamações até agosto da segunda empresa é residual (49), é possível perceber que quase todas as queixas se devem ao grupo Transtejo.
A autoridade para os transportes somou 570 queixas no modo fluvial motivadas por cancelamentos de serviços, valor que corresponde a cerca de 55% de todas as reclamações (1046).
O Metro do Porto é outra transportadora em que os passageiros apresentam cada vez mais queixas. Tem sido registada uma subida constante desde 2021 e, depois do recorde do ano passado, os dados da AMT até agosto de 2025 já estão próximos do máximo de 2024.
As queixas relacionadas com infraestruturas auxiliares (285), como escadas rolantes e elevadores, são o principal motivo no setor da ferrovia ligeira, seguido dos títulos de transporte (230) e das condições de transporte e questões técnicas (98). Ao todo foram apresentadas até agosto 1347 reclamações.
Nos números enviados à Antena 1, a AMT apresentou ainda o top 5 dos operadores rodoviários com mais reclamações até agosto: Rede Nacional de Expressos (1184), Carris (555), Alsa Todi (389), Viação Alvorada (374) e Flixbus (344).
Depois da CP, a Rede Nacional de Expressos e o Metropolitano de Lisboa têm sido os operadores com mais reclamações registadas. Também a Alsa Todi e Viação Alvorada surgem neste top 5 dos últimos anos, operadores que surgiram quando foi criada a Carris Metropolitana – marca gerida pelos Transportes Metropolitanos de Lisboa.
A Fertagus somou 605 reclamações até 31 de agosto de 2025, de acordo com os dados enviados pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) à Antena 1 sobre transportes públicos.
Nos relatórios da AMT desde 2016, este é o segundo valor mais alto da empresa ferroviária que liga Lisboa e Setúbal de comboio. O recorde foi em 2019, com 849 queixas, com o valor a descer até 2021 até ao mínimo de 192 queixas. Desde então tem vindo a subir.
Sobre o que motiva as queixas, os dados da AMT são agrupados por meio de transporte e não por operador. A Antena 1 pediu essa informação detalhada em alguns casos, mas não obteve resposta até esta quarta-feira.
O setor registou 4732 queixas até agosto de 2025. Cerca de 87% foram contra a CP – que tem liderado o número de reclamações nos transportes ano após ano, sem esquecer a abrangência nacional que tem.
De todas as reclamações do modo ferroviário, o incumprimento do horário do transporte (822), os títulos de transporte (766) e as condições de transporte e questões técnicas (360) são as três categorias de motivos mais apontadas.
Apesar da sobrelotação de comboios ser uma crítica constante apontada à Fertagus desde que a operadora mudou horários, as reclamações por excesso de lotação de veículos surgem como décimo motivo mais assinalado, com 161 queixas em todo o setor ferroviário.
Supressões motivam queixas na Transtejo
Em relação à Transtejo, que faz várias ligações fluviais no rio Tejo, até agosto já houve 981 reclamações, segundo os dados da AMT enviados à Antena 1.
A barreira do milhar poderá voltar a ser batida este ano, algo que já não acontecia desde 2018, embora a reposição de horários feita em novembro possa vir a abrandar as queixas.
Até à reposição, a transportadora enfrentava um problema crescente de supressões, fator que motivou este ano cerca de metade das queixas no setor fluvial. A AMT regista a atividade de dois operadores fluviais: a Transtejo/Soflusa e a Atlantic Ferries, que liga Setúbal e Troia. Dado que o número de reclamações até agosto da segunda empresa é residual (49), é possível perceber que quase todas as queixas se devem ao grupo Transtejo.
A autoridade para os transportes somou 570 queixas no modo fluvial motivadas por cancelamentos de serviços, valor que corresponde a cerca de 55% de todas as reclamações (1046).
Tendência de subida no Metro do Porto
O Metro do Porto é outra transportadora em que os passageiros apresentam cada vez mais queixas. Tem sido registada uma subida constante desde 2021 e, depois do recorde do ano passado, os dados da AMT até agosto de 2025 já estão próximos do máximo de 2024.
As queixas relacionadas com infraestruturas auxiliares (285), como escadas rolantes e elevadores, são o principal motivo no setor da ferrovia ligeira, seguido dos títulos de transporte (230) e das condições de transporte e questões técnicas (98). Ao todo foram apresentadas até agosto 1347 reclamações.
Nos números enviados à Antena 1, a AMT apresentou ainda o top 5 dos operadores rodoviários com mais reclamações até agosto: Rede Nacional de Expressos (1184), Carris (555), Alsa Todi (389), Viação Alvorada (374) e Flixbus (344).
Depois da CP, a Rede Nacional de Expressos e o Metropolitano de Lisboa têm sido os operadores com mais reclamações registadas. Também a Alsa Todi e Viação Alvorada surgem neste top 5 dos últimos anos, operadores que surgiram quando foi criada a Carris Metropolitana – marca gerida pelos Transportes Metropolitanos de Lisboa.